terça-feira, fevereiro 28, 2006

1510 - Morre Juan de la Cosa, navegador espanhol.

1811 - Começa o movimento pela independência do Uruguai.

1848 – É proclamada oficialmente a República da França.

1869 - Morre Alphonse Marie de Lamartine, poeta e político francês.

1886 - Nasce José Gutiérrez-Solana, pintor e escritor espanhol.

1901 - Nasce Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química em 1954 e da Paz em 1962.

1904 – é fundado o Sport Lisboa e Benfica

1916 - Morre escritor norte-americano Henry James.

1917 - Morre o Pedro Bonifacio Palacios, poeta argentino.

1931 – Nasce o político islâmico Abas Madani

1940 - Nasce Mario Andretti, piloto de automóvel norte-americano.

1943 – Berlim é bombardeada pelas forças Aliadas durante a II Guerra Mundial.

segunda-feira, fevereiro 27, 2006


1902

nasceu na Califórnia o escritor

John Steinbeck.










(foto de
Toni Frisell,1965, New York)

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Em 24 de Fevereiro do ano 1582, o Papa Gregório XIII promulgou o Calendário Gregoriano, hoje utilizado em quase todo o mundo.
Até então vigorou o Calendário Juliano, criado por Sosígenes, astrónomo de Alexandria, e introduzido por Júlio César em 45 a.C. Foi usado até ao século XVI, quando começou a ser substituído pelo Calendário Gregoriano, mas em alguns países, como a China e a Rússia, continuou a ser usado até 1911 e 1922, respectivamente. E, ainda hoje, é seguido por algumas Igrejas Ortodoxas.
O Calendário Gregoriano foi proposto por Aloysius Lilius, astrónomo de Nápoles, ao Papa Gregório XIII, que nomeou um grupo de especialistas para estudar o assunto. Após cinco anos de estudos, o novo calendário entrou em vigor.
A principal novidade refere-se à medição do ano solar, estimando-se que este durava 365 dias solares, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, o equivalente a 365,2424999 dias solares e não os 365,25 dias do Juliano.
Oficialmente o novo calendário iniciou-se no dia 15 de Outubro de 1582. Como o Calendário Juliano estava 10 dias atrasado em relação ao ano astronómico, uma bula papal determinou que deveriam ser "saltados" dez dias (de 4 a 15 de Outubro). O facto dos dias intermediários (5 a 14) terem pura e simplesmente "eliminados" causou muita confusão entre os que tinham dívidas a
receber, terminavam contratos ou faziam aniversário nesses dias. Que também deixaram de contar para a história dos países que imediatamente adoptaram o novo Calendário (Portugal, Espanha, Itália e Polónia).

Alfredo Saldanha

quinta-feira, fevereiro 23, 2006



1685 nasceu Georg Friedrich Händel, compositor alemão.


quarta-feira, fevereiro 22, 2006



A figura de Andy Warhol (1928-1987) é, certamente, uma das mais representativas da Pop Art, um movimento artístico que teve especial expressão nos Estados Unidos, nas décadas de 50 e 60 do séc. XX. Ao transformar-se no verdadeiro espelho da cultura norte-americana do pós-guerra, na medida em que estava intimamente ligada a uma civilização de abundância e consumismo, a nova tendência teve uma aceitação rápida e espectacular. Andy Warhol socorreu-se dos objectos vulgares da sociedade contemporânea, tais como bens de consumo, figuras de banda desenhada ou imagens de gente famosa da música, da política e do espectáculo, elevando-os à categoria de objectos artísticos. Recorreu a imagens de jornais e revistas e a fotografias dos seus ídolos do cinema (Liz Taylor ou Marilyn Monroe), do rock and roll (Elvis Presley), ou de nomes famosos do mundo da política (Kennedy ou Che Guevara), ampliando-as e repetindo-as através da serigrafia. Com este processo, obtinha variações de cor e mancha que proporcionavam imagens sempre diferentes, embora, no fundo, invariáveis. Também utilizou a fotografia, o spray, a banda desenhada, ou o desenho comercial e pintou actualidades da imprensa, especialmente as relacionadas com desastres e acidentes violentos, explorando a atracção mórbida do público pelas tragédias, de modo a chamar a atenção para o efeito anestesiante que os media exercem sobre a sociedade. Numa reacção à crescente mentalidade consumista, elegeu como tema de muitas das suas obras os objectos vulgares do quotidiano da classe média norte-americana, tais como frigoríficos, latas de conserva (ex: Campbell's soup), cachorros quentes, garrafas de Coca-cola, etc.) ou, muito simplesmente, como afirmava, "as imagens que qualquer pessoa que caminhe pela Broadway conseguirá reconhecer numa fracção de segundo - vinhetas de banda desenhada, calças para homem, celebridades, cortinas de casa de banho, frigoríficos, garrafas de Coca-Cola - enfim, coisas da vida moderna". A actividade de Andy Warhol não se restringiu às artes plásticas. Criou um estúdio de cinema onde, juntamente com os seus colaboradores, produziu mais de 500 filmes, geralmente sem estrutura nem guião. Foi ainda manager do célebre grupo musical The Velvet Underground e criou a Interview, uma revista sobre cinema que rapidamente se transformou em revista de sociedade retratando a vida de celebridades suas amigas como Mick Jagger, Truman Capote, etc. O impacto de Andy Warhol na História da Arte do séc. XX tornou-se incontestável ao redefinir o conceito de objecto artístico, e ao elevar o simples utensílio do quotidiano à categoria de obra de arte. Morreu em Nova Iorque, em 22 de Fevereiro de 1987.

Alfredo Saldanha

terça-feira, fevereiro 21, 2006

1903 - nasceu Anaïs Nin


1933 - nasceu Nina Simone

segunda-feira, fevereiro 20, 2006



Honoré Daumier é um dos mais conhecidos pintores realistas franceses, nasceu em Marselha em 20 de Fevereiro de 1808.
O Realismo foi um movimento artístico e cultural surgido na Europa nos meados do século XIX, e pretendeu traduzir, com autenticidade e rigor científico, a realidade física e humana. Foram protagonistas deste movimento diversos pensadores e artistas, animados por ideais humanitários, nomeadamente a defesa das classes operárias, que os procuraram formas de expressão diferentes das da época romântica.
Em 1822, Daumier iniciou seus estudos de arte, em Paris, com o artista e arqueólogo Alexandre Lenoir mas, pouco tempo depois, os problemas financeiros da família, obrigaram-no a procurar um trabalho. Nas horas vagas desenhava no Museu do Louvre. Por volta de 1826, aprendeu litografia e trabalhou para uma pequena editora.
O relacionamento com Theodore Rousseau, Corot, Millet, Silva Porto e outros artistas que o influenciaram a estudar a natureza e a pintar ao ar livre, levou-o a frequentar Barbizon, na floresta de Fontainebleau. No entanto, o interesse pela paisagem viria a ser suplantado pelo da humanidade que lhe inspirou a maior parte das obras pictóricas e também de escultura. Escolheu a litografia como principal meio de expressão, por a considerar mais expressiva, tendo retratado diversos tipos humanos e temas sociais e publicado na imprensa diária inúmeras caricaturas e desenhos satíricos que tinham como objectivo fundamental a denúncia da exploração das classes mais desfavorecidas.
Daumier possuía a capacidade de representar de uma forma perfeita a essência dos seus personagens não só na plástica como nos gestos. Tecnicamente, esta obra é caracterizada pelo aspecto difuso e pouco nítido das figuras recortadas num fundo, também ele impreciso, apenas esboçado, onde a luz desempenha um papel importante no tratamento dos volumes, através do recurso aos tons sombrios e ao claro-escuro.
A denúncia do autoritarismo, da hipocrisia, da violência e das desigualdades, valeu-lhe muitas vezes a repressão por parte dos poderes instituídos e até mesmo a passagem pela prisão.


Alfredo Saldanha

sexta-feira, fevereiro 17, 2006



No dia 17 de Fevereiro de 1673 morreu em Paris o dramaturgo, actor e encenador francês Moliére.

Filho e neto de vendedores de tapetes, Moliére, abandonou os estudos para se dedicar às artes dramáticas. Durante doze anos percorreu a França, com uma companhia de teatro ambulante.
Em 1958, a 24 de Outubro, o rei Luís XIV assistiu, no Louvre, à representação de Le Docteur amoureux, peça apresentada em complemento a Nicomède, de Pierre Corneille. O Rei tornou-se, então, protector da companhia, que se instalou no Petit Bourbon, passando depois para o Palais-Royal.
As comédias que Moliére escreveu denotavam grande originalidade, distinguindo-se do modelo de comédia italiana. Entre 1664 a 1666, escreveu três peças de natureza moral, que hoje figuram entre as entre as obras-primas da literatura universal: "Le Tartuffe ou L’Imposteur”, "Dom Juan" e "Le Misanthrope”. A polémica em torno de Tartufo, a peça mais escandalosa de Moliére, cuja apresentação pública só foi autorizada em 1669, e o fracasso Misantropo obrigaram-no a abandonar a comédia satírica. Acérrimo crítico da sociedade burguesa, representou as grandes paixões da humanidade, as suas fraquezas e virtudes. A sua escrita distingue-se pelo ritmo que imprimiu às cenas, pela coerência dos diálogos e caracterização psicológica das personagens.

No dia 17 de Fevereiro de 1673, durante uma representação de “La malade imaginaire”, sofreu um colapso, devido à tuberculose, e morreu em casa poucas horas depois, sem se confessar. Como, na época a profissão de actor era considerada amoral, Moliére foi sepultado de noite, numa zona do cemitério reservada aos não baptizados.


quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Carlos Paredes nasceu a 16 de Fevereiro de 1925

quarta-feira, fevereiro 15, 2006


A 15 de Fevereiro de 1564 nasceu em Pisa, Itália, Galileu Galilei. Matemático, físico, filósofo e astrónomo, foi um dos maiores génios de todos os tempos. A influência exercida pelo pai, homem de notável engenho e vasta cultura, foi determinante na formação da sua personalidade, caracterizada pela independência de pensamento, que o levaria a crer, antes de tudo, no conhecimento obtido através da observação e da experiência.
Galileu foi, de facto, o pioneiro do método experimental. Uma das suas primeiras descobertas, o relógio de pêndulo, surgiu da simples observação do movimento pendular de um candelabro na Duomo de Pisa, onde assistia à missa. Reparou que as oscilações eram isócronas, o que lhe deu a idéia de aplicar o processo para medir o tempo.Ainda na cidade de Pisa, onde ensinava na universidade local, fez experiências da queda de sólidos do cimo da famosa torre inclinada, e provou que objectos leves e pesados caem à mesma velocidade, colocando assim em causa a velha teoria de Aristóteles.
Recebeu, entretanto, um convite para ensinar na Universidade de Pádua onde permaneceu durante 18 anos. Esse foi o período mais fecundo de sua vida, tendo realizado numerosas experiências e descobertas. Construiu um "compasso geométrico", espécie de régua calculadora para executar difíceis operações matemáticas, inventou o "termo-baroscópio" para medir a pressão atmosférica, estudou as leis da mecânica através de máquinas simples como a alavanca e o plano inclinado, examinou a vibração das cordas dos instrumentos musicais, ocupou-se com a velocidade da luz, inventou a balança hidrostática e o binóculo. Em 1609 construiu um telescópio com o qual observou estrelas e planetas, descobriu as montanhas da Lua, as manchas solares, o planeta Saturno, os satélites de Júpiter e as fases de Vénus. Estes estudos astronómicos acabaram por convencê-lo de que não era a Terra que se situava no centro do Universo, mas o Sol, sustentando assim a tese do Heliocentrismo anteriormente enunciada por Copérnico e rejeitando a teoria geocentrista formulada por Aristóteles e Ptolomeu. Alguns dos seus inimigos convenceram o Papa que essa teoria era mais perigosa para a religião do que as heresias de Lutero e de Calvino. Galileu era um católico fervoroso, mas viveu numa época atribulada na qual a Igreja endurecia sua doutrina para fazer frente à Reforma Protestante. Chamado a Roma, para defender-se da acusação de heresia, foi condenado pelo Tribunal da Inquisição. Para escapar à morte foi obrigado a assinar um documento onde declarava ser meramente hipotético o sistema heliocêntrico. Conta-se que, ao sair do tribunal, proferiu, em surdina, a célebre frase: "Epur si Muove!", ou seja, "contudo, ela move-se", referindo-se à Terra. Tinha então 70 anos de idade. A sua condenação tornou-se um exemplo muito citado do conflito entre fé e ciência. Passou os últimos anos de vida longe do convívio público na vila de Arcetri, perto de Florença. Os longos estudos ao telescópio haviam cansado de tal forma a sua vista que acabou por ficar cego. Faleceu em 8 de Janeiro de 1642 e está sepultado na Igreja da Santa Croce, em Florença. Os seus escritos apenas foram retiradas do Índex em 1822 e, em 1983, o Papa João Paulo II decidiu a sua absolvição, após ter mandado examinar o processo que lhe havia sido movido pela Igreja há cerca de 350 anos.

Alfredo Saldanha

terça-feira, fevereiro 14, 2006


Leon Battista Alberti um dos principais arquitectos do Quattrocento italiano, nasceu em Génova no dia 14 de Fevereiro de 1404.
Desenvolveu grande parte da sua actividade na cidade de Florença e norteou a sua vida artística de acordo com os princípios que caracterizaram o Renascimento. Tendo como modelo de inspiração a antiguidade clássica, criou uma arte racional e equilibrada, utilizando um conjunto de elementos arquitectónicos herdados da arte greco-romana: as ordens clássicas, o arco de volta perfeita, o frontão, as abóbadas e a cúpula.
As suas fontes de inspiração foram a leitura de tratados clássicos, nomeadamente "De Architectura" de Vitrúbio, e o conhecimento dos grandes monumentos da época imperial romana, Coliseu, Teatro de Marcelo, Panteão e Basílicas, que visitou nas múltiplas viagens a Roma. Mas, apesar do grande interesse que manifestou pelos ideais da cultura e arte clássicas, soube fazer uma adaptação crítica, de acordo com as necessidades urbanísticas e arquitecturais do seu tempo. Os seus edifícios caracterizaram-se pela harmonia entre as diferentes partes, pelo traçado rigoroso e geométrico que lhes conferem um perfeito equilíbrio, por uma cuidada simetria na distribuição dos volumes, pela sobriedade e simplicidade da decoração, e ainda pela racionalidade de planeamento e execução.
Na cidade de Florença, foi responsável pela construção do Palácio Rucellai e fachada da Igreja de Santa Maria Novella, cujo sistema de planos unidos por duas "aletas" se veio a tornar um padrão muito utilizado durante todo o Renascimento. E, na Igreja de Santo André, em Mântua, criou a "ordem colossal", da altura de dois andares, um esquema de fachada influenciado pelos arcos de triunfo romanos que teve grande sucesso e abriu caminho às concepções das fachadas da Igreja de Gesù e de S. Pedro, no séc. XVI.
A pedido do papa Nicolau V fez o primeiro levantamento da cidade de Roma e dos seus monumentos, do que resultou, em 1452, "De Re Aedificatoria", uma obra de 10 volumes, verdadeiro tratado de arquitectura, aliás, o único tratado de arquitectura, publicado no século XV, dedicado às regras de construção. Leo Battista Alberti redigiu ainda vários trabalhos sobre Escultura e Pintura, as proporções do corpo humano, e foi autor do primeiro trabalho teórico sobre a perspectiva. Embora hoje seja conhecido, essencialmente, como arquitecto, também foi pintor, escultor, compositor, poeta, dramaturgo, matemático, tratadista, pedagogo e filósofo, representando uma das personalidades que mais se aproximaram do conceito renascentista de "homem ideal".

Alfredo Saldanha

segunda-feira, fevereiro 13, 2006


Benvenuto Cellini nasceu em Firenze, Itália, no ano de 1500. Figura enigmática e controversa do Renascentismo, distinguiu-se como ourives e talentoso escultor. A sua vida foi cheia de aventuras, brigas e perseguições da polícia, migrando entre Firenze, Bolonha, Ferrara, Mântua, Roma e Nápoles.
Aos 16 anos, após participar num duelo na cidade natal, foge para Roma, onde consegue a protecção do papa Clemente VII. Durante o cerco desta cidade, pelo condestável de Bourbon, refugia-se no Castelo de Sant'Angelo, com outros defensores do papa, e bate-se valorosamente. Viaja por Mântua e Florença e volta a Roma. Executa então vários trabalhos de ourivesaria: medalhões em ouro com cenas da mitologia grega, moedas e jóias para a corte papal e para vários nobres romanos. Continua a envolver-se em duelos e escândalos. O novo papa Paulo III tira-o de apuros dando-lhe um salvo-conduto mas, pouco depois manda-o prender como suspeito do roubo de parte do tesouro papal durante o assalto ao Castelo de Sant'Angelo. Em 1540 consegue a liberdade, por influência de Francisco I de França, que o convida para a sua corte. Cria então o famoso Saleiro de ouro com esmaltes, peça de grande beleza, considerado a obra-prima da joalharia renascentista e a Ninfa de Fontainebleau, uma escultura de técnica refinadíssima, onde representou Neptuno com o tridente e Anfitrite sentada sobre um coxim com a flor de lis. Cinco anos mais tarde regressa a Florença, a convite do príncipe Cosme de Médicis, para quem realiza algumas esculturas em metal. A mais famosa, "Perseu com a Cabeça de Medusa", representa o personagem da mitologia clássica ostentando, como um troféu, a cabeça recém-cortada da Medusa, que jaz a seus pés. De grande dificuldade de fundição, este trabalho em bronze é considerado um dos mais significativos do período maneirista. O pedestal, com estatuetas e baixos-relevos, é uma autêntica jóia, reveladora do seu génio de ourives e cinzelador. Mas a extraordinária fama que acompanhou a vida de Cellini prende-se também com as obras literárias que deixou, nomeadamente tratados de Ourivesaria e Escultura e as Memórias, onde narra, com certo cinismo e ostentação, as suas aventuras, velhacarias e, até mesmo, os seus crimes.
Benvenuto Cellini morreu na sua cidade natal em 13 de Fevereiro de 1571.

Alfredo Saldanha

sexta-feira, fevereiro 10, 2006



1898 - Nasceu de Bertolt Brecht (dramaturgo, poeta e encenador alemão)

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

O escritor russo Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski morreu em São Petersburgo a 9 de Fevereiro de 1881.

É uma das figuras cimeiras da história da literatura russa e mundial. Estudou contra a vontade num colégio militar de Engenharia. Mas aos 22 anos deixou o exército para se dedicar à literatura. Fortemente marcado pela austeridade do pai, que morreu assassinado pelos servos da sua própria propriedade, e pelas crises de epilepsia, a sua escrita representa toda a grandeza e miséria da Rússia do século XIX. O primeiro livro, Pobre Gente, editado em 1846, foi recebido pela crítica de maneira muito elogiosa. Fez-se conhecido nas rodas literárias de S. Petersburgo, e envolveu-se numa conspiração revolucionária. Denunciado por um agente infiltrado, Dostoiévski foi detido pelos homens do regime de Nicolau I, e condenado à morte. No pelotão de fuzilamento, foi-lhe revelado que a pena seria comutada por cinco anos de trabalhos forçados, uma experiência que descreve em Recordação da Casa dos Mortos. Durante o desterro, quando a Bíblia era sua única leitura, converteu-se ao Cristianismo.
Um dos seus romances mais conhecidos e estudados é “Crime e Castigo”, onde encontramos Raskólhnikov, um dos personagens mais emblemáticos da literatura moderna.

"Chamam-me de psicólogo; não é verdade, sou apenas um realista no mais alto sentido, ou seja, retrato todas as profundezas da alma humana."

Dostoiévski é autor de inúmeros contos e romances, entre os quais “O Idiota”, “O Duplo”, “O Jogador”, “Os Irmãos Karamazov”, “Cadernos do Subterrâneo” e “Noites Brancas”.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006





O escritor francês

Júlio Verne

nasceu a 8 de Fevereiro de 1828.

terça-feira, fevereiro 07, 2006





1803
nascia o compositor francês Hector Berlioz

segunda-feira, fevereiro 06, 2006



O dramaturgo italiano Carlo Goldoni morreu no dia 6 de fevereiro de 1793.


sexta-feira, fevereiro 03, 2006


Em 3 de Fevereiro de 1480 nasceu Fernão de Magalhães, o marinheiro português que empreendeu a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Em 1505, Magalhães alistou-se na armada que foi à Índia, comandada por D. Francisco de Almeida, tendo prestado serviço em Goa, Cochim e Quíloa. Neste período de tempo em que viveu no Oriente, estabeleceu estreitas relações de amizade com Francisco Serrão, futuro feitor nas Molucas, de quem terá recebido informações acerca dos lugares produtores de especiarias.
Indisposto com o Rei D. Manuel I, por não ver reconhecidos os seus serviços, resolveu rumar a Sevilha e dar a conhecer a Carlos V o seu grande projecto: rumar para ocidente, retomando o projecto de Colombo, atingir as Molucas e provar que essas ilhas, ricas em especiarias, se situavam no hemisfério reservado à Coroa de Castela, pelo Tratado de Tordesilhas.
Conseguida a aprovação do projecto iniciou os preparativos da viagem e a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens, Carlos V lhe concedera. Em Setembro de 1519, Magalhães entrou com a frota no Oceano Atlântico, bordejou a costa africana e, chegado ao largo da Guiné, rumou para barlavento até chegar à costa do Brasil. Este era o caminho que os marinheiros portugueses preferiam para uma boa travessia do Atlântico. Foi navegando para o sul, ao longo da costa brasileira, e acabou por descobrir a passagem que liga o Atlântico ao Pacífico e que tem o seu nome: o estreito de Magalhães.
Permaneceu na região durante cinco meses em viagens de reconhecimento, tendo perdido uma caravela e muitos homens. Depois teve de lidar com um motim da tripulação, que não queria continuar a expedição. Alguns dos amotinados acabaram mesmo por se apossar de uma caravela e regressar a Espanha.
Por fim, após ter conseguido debelar a revolta, com habilidosa astúcia, penetrou no Oceano Pacífico, com a frota reduzida a três caravelas. A travessia demorou cerca de quatro meses, durante os quais a fome e as doenças, principalmente o escorbuto, dizimaram grande parte da tripulação. Quando chegou às Filipinas, em 1521, começaram as trocas comerciais com os indígenas. E quando as maiores dificuldades pareciam ultrapassadas, Fernão de Magalhães foi morto numa escaramuça com os locais.
Foi substituído no comando por Sebastião del Cano que conseguiu alcançar as Molucas. Restava-lhe apenas a nau "Victória" e foi com ela, e com dezoito homens apenas, que conseguiu alcançar finalmente a Espanha, em 6 de Setembro de 1522.


Alfredo Saldanha

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

No dia 2 de Fevereiro de 1979 morria em Nova Iorque Sid Vicious.

O baixista dos Sex Pistols, que aos 21 anos sucumbiu com uma overdose de heroína depois de ter estado preso acusado de assassinar a namorada Nancy Spungen, fica na história como um dos maiores ícones do punk.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006


O pintor holandês Mondrian encontra-se estreitamente ligado ao Neoplasticismo. Esta corrente artística, que englobou um vasto leque de expressões, desenvolveu-se a partir de 1917, durante a 1ª Guerra Mundial, através da acção de um grupo de arquitectos, pintores, desenhadores e escultores, reunidos em torno de Theo Van Doesburg e do próprio Mondrian, os quais viriam a fundar a revista e o grupo "O Estilo". A revista serviu de suporte teórico às propostas plásticas do grupo que utilizou, como meios de representação, formas rigorosamente abstractas e geométricas. Mondrian fora iniciado no Academismo, e, passando depois pelo Divisionismo, Fauvismo, Expressionismo e Cubismo, acabou por abandonar a representação da natureza e chegar à abstracção. A partir de então procurou construir um mundo abstracto perfeito a partir dos próprios elementos da pintura, criando uma arte geométrica, sóbria e clara, capaz de reproduzir não as simples aparências da realidade, mas a sua própria essência. Educado na religião calvinista, Mondrian acabaria por aderir às doutrinas esotéricas da Teosofia e, de acordo com os conceitos da nova crença, procurou criar uma arte pura, através do emprego de elementos básicos muito simples: quadrados ou rectângulos de cores primárias - amarelo, vermelho e azul - complementados com brancos, cinzentos ou negros, delimitados por linhas verticais e horizontais, que evocam as coordenadas fundamentais da experiência humana: o plano horizontal do solo (ou do eixo formado pelo olhar) e a linha vertical da posição erecta. Ex: "Composição em Vermelho, Azul e Amarelo" (na figura).
Segundo os conceitos teosóficos, as verticais exprimem o princípio vital, masculino, e representam os acontecimentos físicos e orgânicos, enquanto as horizontais são uma expressão do princípio passivo, feminino, e representam a tensão vida-morte. Apresentando-se como forças opostas, estas linhas acabam, no entanto, por representar um equilíbrio de forças, gerador de um sentido de ordem e de triunfo da razão, na medida em que contribuem para a construção de um princípio puro: a "cruz", ou seja, o encontro perpendicular da vertical com a horizontal. A estabilidade entre a forma e a cor que se procurou atingir com esta solução, correspondia às ideias do "De Stijl": a harmonia universal. Pureza, equilíbrio e unidade são as três ideias, com evidentes raízes matemáticas e musicais, que dominam toda a obra de Mondrian. Na realidade, o seu abstraccionismo é uma pintura "filosófica" baseada numa interpretação da imagem como acontecimento simbólico e universal. Isto explica a constância com que, entre 1920 e 1940, pintou, em certo sentido, sempre "o mesmo quadro. Fugindo da Guerra que devastava a Europa, emigrou em 1940 para os Estados Unidos e fixou-se em Nova Iorque, onde foi verdadeiramente idolatrado pelos jovens artistas americanos. A partir de 1942, os seus quadros sofreram uma importante evolução: abandonou os rectângulos coloridos e o negro das linhas verticais e horizontais e substituiu-os por uma espécie de entrançado rítmico formado por pequenos segmentos coloridos que fazem lembrar um tapete. Procurou, deste modo, introduzir nas suas composições os ritmos musicais, como acontece em "Broadway Boogie Woogie" (na imagem), onde as cores parecem dançar na superfície da tela ao ritmo sincopado do Boogie Woogie, um ritmo de jazz que nunca é resolvido, pois recomeça sempre com algo de novo. Por isso, também o olhar do espectador é levado a movimentar-se continuamente através da trama colorida,seguindo as linhas verticais e horizontais.
Mondrian faleceu em Nova Iorque no dia 1 de Fevereiro de 1944.


Alfredo Saldanha