Benvenuto Cellini nasceu em Firenze, Itália, no ano de 1500. Figura enigmática e controversa do Renascentismo, distinguiu-se como ourives e talentoso escultor. A sua vida foi cheia de aventuras, brigas e perseguições da polícia, migrando entre Firenze, Bolonha, Ferrara, Mântua, Roma e Nápoles.
Aos 16 anos, após participar num duelo na cidade natal, foge para Roma, onde consegue a protecção do papa Clemente VII. Durante o cerco desta cidade, pelo condestável de Bourbon, refugia-se no Castelo de Sant'Angelo, com outros defensores do papa, e bate-se valorosamente. Viaja por Mântua e Florença e volta a Roma. Executa então vários trabalhos de ourivesaria: medalhões em ouro com cenas da mitologia grega, moedas e jóias para a corte papal e para vários nobres romanos. Continua a envolver-se em duelos e escândalos. O novo papa Paulo III tira-o de apuros dando-lhe um salvo-conduto mas, pouco depois manda-o prender como suspeito do roubo de parte do tesouro papal durante o assalto ao Castelo de Sant'Angelo. Em 1540 consegue a liberdade, por influência de Francisco I de França, que o convida para a sua corte. Cria então o famoso Saleiro de ouro com esmaltes, peça de grande beleza, considerado a obra-prima da joalharia renascentista e a Ninfa de Fontainebleau, uma escultura de técnica refinadíssima, onde representou Neptuno com o tridente e Anfitrite sentada sobre um coxim com a flor de lis. Cinco anos mais tarde regressa a Florença, a convite do príncipe Cosme de Médicis, para quem realiza algumas esculturas em metal. A mais famosa, "Perseu com a Cabeça de Medusa", representa o personagem da mitologia clássica ostentando, como um troféu, a cabeça recém-cortada da Medusa, que jaz a seus pés. De grande dificuldade de fundição, este trabalho em bronze é considerado um dos mais significativos do período maneirista. O pedestal, com estatuetas e baixos-relevos, é uma autêntica jóia, reveladora do seu génio de ourives e cinzelador. Mas a extraordinária fama que acompanhou a vida de Cellini prende-se também com as obras literárias que deixou, nomeadamente tratados de Ourivesaria e Escultura e as Memórias, onde narra, com certo cinismo e ostentação, as suas aventuras, velhacarias e, até mesmo, os seus crimes.
Benvenuto Cellini morreu na sua cidade natal em 13 de Fevereiro de 1571.
Aos 16 anos, após participar num duelo na cidade natal, foge para Roma, onde consegue a protecção do papa Clemente VII. Durante o cerco desta cidade, pelo condestável de Bourbon, refugia-se no Castelo de Sant'Angelo, com outros defensores do papa, e bate-se valorosamente. Viaja por Mântua e Florença e volta a Roma. Executa então vários trabalhos de ourivesaria: medalhões em ouro com cenas da mitologia grega, moedas e jóias para a corte papal e para vários nobres romanos. Continua a envolver-se em duelos e escândalos. O novo papa Paulo III tira-o de apuros dando-lhe um salvo-conduto mas, pouco depois manda-o prender como suspeito do roubo de parte do tesouro papal durante o assalto ao Castelo de Sant'Angelo. Em 1540 consegue a liberdade, por influência de Francisco I de França, que o convida para a sua corte. Cria então o famoso Saleiro de ouro com esmaltes, peça de grande beleza, considerado a obra-prima da joalharia renascentista e a Ninfa de Fontainebleau, uma escultura de técnica refinadíssima, onde representou Neptuno com o tridente e Anfitrite sentada sobre um coxim com a flor de lis. Cinco anos mais tarde regressa a Florença, a convite do príncipe Cosme de Médicis, para quem realiza algumas esculturas em metal. A mais famosa, "Perseu com a Cabeça de Medusa", representa o personagem da mitologia clássica ostentando, como um troféu, a cabeça recém-cortada da Medusa, que jaz a seus pés. De grande dificuldade de fundição, este trabalho em bronze é considerado um dos mais significativos do período maneirista. O pedestal, com estatuetas e baixos-relevos, é uma autêntica jóia, reveladora do seu génio de ourives e cinzelador. Mas a extraordinária fama que acompanhou a vida de Cellini prende-se também com as obras literárias que deixou, nomeadamente tratados de Ourivesaria e Escultura e as Memórias, onde narra, com certo cinismo e ostentação, as suas aventuras, velhacarias e, até mesmo, os seus crimes.
Benvenuto Cellini morreu na sua cidade natal em 13 de Fevereiro de 1571.
Alfredo Saldanha
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