quinta-feira, fevereiro 09, 2006

O escritor russo Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski morreu em São Petersburgo a 9 de Fevereiro de 1881.

É uma das figuras cimeiras da história da literatura russa e mundial. Estudou contra a vontade num colégio militar de Engenharia. Mas aos 22 anos deixou o exército para se dedicar à literatura. Fortemente marcado pela austeridade do pai, que morreu assassinado pelos servos da sua própria propriedade, e pelas crises de epilepsia, a sua escrita representa toda a grandeza e miséria da Rússia do século XIX. O primeiro livro, Pobre Gente, editado em 1846, foi recebido pela crítica de maneira muito elogiosa. Fez-se conhecido nas rodas literárias de S. Petersburgo, e envolveu-se numa conspiração revolucionária. Denunciado por um agente infiltrado, Dostoiévski foi detido pelos homens do regime de Nicolau I, e condenado à morte. No pelotão de fuzilamento, foi-lhe revelado que a pena seria comutada por cinco anos de trabalhos forçados, uma experiência que descreve em Recordação da Casa dos Mortos. Durante o desterro, quando a Bíblia era sua única leitura, converteu-se ao Cristianismo.
Um dos seus romances mais conhecidos e estudados é “Crime e Castigo”, onde encontramos Raskólhnikov, um dos personagens mais emblemáticos da literatura moderna.

"Chamam-me de psicólogo; não é verdade, sou apenas um realista no mais alto sentido, ou seja, retrato todas as profundezas da alma humana."

Dostoiévski é autor de inúmeros contos e romances, entre os quais “O Idiota”, “O Duplo”, “O Jogador”, “Os Irmãos Karamazov”, “Cadernos do Subterrâneo” e “Noites Brancas”.