sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Em 24 de Fevereiro do ano 1582, o Papa Gregório XIII promulgou o Calendário Gregoriano, hoje utilizado em quase todo o mundo.
Até então vigorou o Calendário Juliano, criado por Sosígenes, astrónomo de Alexandria, e introduzido por Júlio César em 45 a.C. Foi usado até ao século XVI, quando começou a ser substituído pelo Calendário Gregoriano, mas em alguns países, como a China e a Rússia, continuou a ser usado até 1911 e 1922, respectivamente. E, ainda hoje, é seguido por algumas Igrejas Ortodoxas.
O Calendário Gregoriano foi proposto por Aloysius Lilius, astrónomo de Nápoles, ao Papa Gregório XIII, que nomeou um grupo de especialistas para estudar o assunto. Após cinco anos de estudos, o novo calendário entrou em vigor.
A principal novidade refere-se à medição do ano solar, estimando-se que este durava 365 dias solares, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, o equivalente a 365,2424999 dias solares e não os 365,25 dias do Juliano.
Oficialmente o novo calendário iniciou-se no dia 15 de Outubro de 1582. Como o Calendário Juliano estava 10 dias atrasado em relação ao ano astronómico, uma bula papal determinou que deveriam ser "saltados" dez dias (de 4 a 15 de Outubro). O facto dos dias intermediários (5 a 14) terem pura e simplesmente "eliminados" causou muita confusão entre os que tinham dívidas a
receber, terminavam contratos ou faziam aniversário nesses dias. Que também deixaram de contar para a história dos países que imediatamente adoptaram o novo Calendário (Portugal, Espanha, Itália e Polónia).

Alfredo Saldanha