sexta-feira, fevereiro 17, 2006



No dia 17 de Fevereiro de 1673 morreu em Paris o dramaturgo, actor e encenador francês Moliére.

Filho e neto de vendedores de tapetes, Moliére, abandonou os estudos para se dedicar às artes dramáticas. Durante doze anos percorreu a França, com uma companhia de teatro ambulante.
Em 1958, a 24 de Outubro, o rei Luís XIV assistiu, no Louvre, à representação de Le Docteur amoureux, peça apresentada em complemento a Nicomède, de Pierre Corneille. O Rei tornou-se, então, protector da companhia, que se instalou no Petit Bourbon, passando depois para o Palais-Royal.
As comédias que Moliére escreveu denotavam grande originalidade, distinguindo-se do modelo de comédia italiana. Entre 1664 a 1666, escreveu três peças de natureza moral, que hoje figuram entre as entre as obras-primas da literatura universal: "Le Tartuffe ou L’Imposteur”, "Dom Juan" e "Le Misanthrope”. A polémica em torno de Tartufo, a peça mais escandalosa de Moliére, cuja apresentação pública só foi autorizada em 1669, e o fracasso Misantropo obrigaram-no a abandonar a comédia satírica. Acérrimo crítico da sociedade burguesa, representou as grandes paixões da humanidade, as suas fraquezas e virtudes. A sua escrita distingue-se pelo ritmo que imprimiu às cenas, pela coerência dos diálogos e caracterização psicológica das personagens.

No dia 17 de Fevereiro de 1673, durante uma representação de “La malade imaginaire”, sofreu um colapso, devido à tuberculose, e morreu em casa poucas horas depois, sem se confessar. Como, na época a profissão de actor era considerada amoral, Moliére foi sepultado de noite, numa zona do cemitério reservada aos não baptizados.