terça-feira, março 21, 2006


Félix Nadar morreu em 21 de Março de 1910.
Ex-caricaturista e escritor, começou por colocar reservas à fotografia, o novo invento nascido nos inícios do séc. XIX , mas acabou por modificar a sua posição. Acabaria mesmo por se tornar um dos mais famosos fotógrafos do seu tempo, tendo sido o pioneiro em diversos campos: o primeiro a usar o flash, a tirar fotos subterrâneas e a bordo de um balão. O seu génio artístico evidenciou-se sobretudo no retrato, devido à técnica utilizada com os clientes: primeiro mantinha com eles uma longa conversa, para que recuperassem a expressão natural, e só depois os fotografava, conseguindo, deste modo, excelentes reproduções do seu carácter e personalidade. A superioridade estética destes retratos cheios de vida, reside principalmente na expressão dos rostos. Foi o primeiro a descobrir o rosto humano através da objectiva e, em grande parte, deve-se também a ele a afirmação da fotografia como obra de arte.
Mas, para além do valor artístico, os seus retratos constituem apreciáveis documentos históricos, pois representam algumas das figuras mais destacadas da sociedade da época. Ao atelier de nadar começaram a afluir todos os nomes sonantes das artes, da literatura e da política como o poeta Baudelaire os pintores Delacroix e Manet ou a actriz Sarah Bernhardt. Mas o seu estúdio, no Boulevard des Capucines, começou a ser igualmente visitado pela gente anónima que pretendia ser retratada. A possibilidade de tirar retratos fiéis com rapidez e a um preço acessível veio a constituir o segredo da rápida popularização da fotografia que se estendeu depois a outros domínios, como o registo de paisagens, ambientes naturais e às temáticas do quotidiano.
Alfredo Saldanha

segunda-feira, março 20, 2006


1969
John Lennon casa-se com Yoko Ono em Gibraltar.


sexta-feira, março 17, 2006


1945
nasceu a cantora brasileira Elis Regina

quinta-feira, março 16, 2006


1825
nasceu Camilo Castelo Branco

quarta-feira, março 15, 2006


A 15 de Março de 44 a.c.
Caius Iulius Caesar
é assassinado em pleno senado

terça-feira, março 14, 2006


1804
born Johann Strauss, compositor austríaco.


segunda-feira, março 13, 2006




Krzysztof Kieslowski
died on March 13, 1996

sexta-feira, março 10, 2006


Mikhail Bulgakov nasceu em Kiev na Ucrânia. Formou-se em Medicina, mas abandonou a carreira de médico para se dedicar ao jornalismo. Em 1921 começou a dedicar-se à literatura de ficção. Acérrimo crítico do regime de Estaline, que proibiu as suas obras, Bulgakov tornou-se muito popular na Rússia devido à sua veia satírica.
A partir de 1936 e até à morte dedicou-se exclusivamente à conclusão da sua obra-prima: Margarita e o Mestre, um romance em que três histórias distintas se entrelaçam, uma visita do Diabo a Moscovo, a Paixão de Cristo e o amor entre o Mestre e Margarida, combinando a sátira política e a meditação filosófica e religiosa.

O senhor foi sempre um ardente defensor da teoria segundo a qual quando se corta a cabeça de um homem a sua vida pára, ele transforma-se em cinza e desaparece no não ser. Apraz-me informá-lo, diante dos meus convidados, embora eles próprios sejam prova de uma teoria completamente diferente, que a sua teoria é sólida e engenhosa. Aliás, todas as teorias se equivalem umas às outras. Há entre elas uma, segundo a qual, a cada um será dado consoante a sua fé. Pois que assim seja! O senhor desaparecerá no nada, e eu, da taça em que o senhor se vai transformar, beberei com muita alegria ao ser.

Bulgakov morreu no dia 10 de Março de 1940.

quinta-feira, março 09, 2006


Charles Bukowski
Died: March 9, 1994 San Pedro, Califórnia

quarta-feira, março 08, 2006

Wäinö Aaltonen in his studio 1927

No dia 8 de Março de 1894 nasceu o artísta plástico finlandês Wäinö Valdemar Aaltonen.


Mondrian, pintor holandês estreitamente ligado ao Neoplasticismo, nasceu na Holanda a 7 de Março de 1872. Educado na religião calvinista, aderiu às doutrinas esotéricas da Teosofia e, procurou criar uma arte pura, através do emprego de elementos básicos muito simples: quadrados ou rectângulos de cores primárias - amarelo, vermelho e azul - complementados com brancos, cinzentos ou negros, delimitados por linhas verticais e horizontais, que evocam as coordenadas fundamentais da experiência humana: o plano horizontal do solo e a linha vertical da posição erecta. Segundo os conceitos teosóficos, as verticais exprimem o princípio vital e masculino, representando os acontecimentos físicos e orgânicos, enquanto as horizontais são uma expressão do princípio passivo e feminino, e representando a tensão vida-morte.
Estas duas linhas opostas acabam por representar um equilíbrio de forças, gerador de um sentido de ordem e de triunfo da razão, na medida em que contribuem para a construção de um princípio puro: a "cruz", ou seja, o encontro perpendicular da vertical com a horizontal. A estabilidade entre a forma e a cor que se procurou atingir com esta solução, desemboca no princípio da harmonia universal. Pureza, equilíbrio e unidade são as três ideias, com evidentes raízes matemáticas e musicais, que dominam toda a obra de Mondrian. O seu abstraccionismo é uma pintura "filosófica" baseada numa interpretação da imagem como acontecimento simbólico e universal.
Fugindo da Guerra que devastava a Europa, emigrou em 1940 para os Estados Unidos e fixou-se em Nova Iorque, onde foi verdadeiramente idolatrado pelos jovens artistas americanos. A partir de 1942, os seus quadros sofreram uma importante evolução: abandonou os rectângulos coloridos e o negro das linhas verticais e horizontais e substituiu-os por uma espécie de entrançado rítmico formado por pequenos segmentos coloridos que fazem lembrar um tapete. Procurou, deste modo, introduzir nas suas composições os ritmos musicais.

Alfredo Saldanha

segunda-feira, março 06, 2006



Michelangelo Buonarroti (1475-1564) nasceu em 6 de Março de 1475.
Pintor, escultor, arquitecto e poeta, foi um dos maiores artistas de todos os tempos. A sua vida repartiu-se fundamentalmente por Florença, cidade onde nasceu e teve o apoio dos Médicis, e por Roma, cujos Papas lhe encomendaram inúmeras obras.
Iniciou a carreira de artista ainda durante o Quattrocento, em Florença, mas a primeira obra de vulto foi realizada em Roma onde, apenas com 23 anos de idade, esculpiu a famosa Pietá. Trata-se de um trabalho de admirável requinte e esmero de modelação, organizado segundo um esquema em forma de pirâmide, que representa a Virgem Maria com Cristo morto nos braços.
Seis anos mais tarde completava, em Florença, uma enorme estátua de David, com quase cinco metros de altura. O ideal humanista que faz do Homem a medida e centro de todas as coisas torna-se bem patente nesta obra-prima onde o nu clássico triunfa numa beleza ideal e serena.
De regresso a Roma, foi incumbido, em 1505, da construção de um túmulo monumental para o papa Júlio II. Para o referido mausoléu, cujo plano inicial nunca chegou a ser realizado, esculpiu o famoso "Moisés". A figura do profeta, de torso atlético e braços musculosos a evidenciar veias e os tendões, revela uma forte tensão interior expressa na "terribilitá" do olhar. Traz as tábuas
da Lei cingidas a si e aperta nervosamente as extraordinárias barbas, pronto a erguer-se para amaldiçoar a idolatria do seu povo. Para este túmulo esculpiu ainda "O Escravo", do Museu do Louvre.
Em 1508, o mesmo Papa Júlio II convidou-o a pintar o tecto da Capela Sistina. Trabalhando sem ajuda e deitado de costas em andaimes precários, pintou durante quatro anos, numa superfície aproximada de 1000 m², cenas do Génesis e do Antigo Testamento com mais de trezentas figuras. A pintura do tecto alargou-se depois à parte superior das paredes, num trabalho de grande efeito, com profetas e sibilas.
Num dos painéis principais, "A Criação do Homem", colocou Adão a flutuar no céu, animado pelo espírito de Deus através do toque suave dos dedos. Estes dois corpos nus, fortemente musculados e como que esculpidos, revelam, uma vez mais, o interesse do artista pela figura masculina. Mas a principal força destes afrescos é dada pela sua dimensão monumental, executada com uma perfeição e exactidão extraordinárias, numa perspectiva linear a três dimensões, expressa em corpos musculosos e cheios de dramatismo. Aliás, a obra pictórica de Miguel Ângelo não pode desligar-se de forma alguma da sua actividade no campo escultórico, já que as suas figuras pintadas se assemelham a esculturas tingidas e possuem a mesma força expressiva que as esculpidas no mármore.
Voltaria depois a Florença para realizar uma série de esculturas para a capela funerária dos Médicis na Igreja de S. Lourenço. Quatro delas ("Aurora", "Dia", "Crepúsculo" e "Noite"), são alegorias das diversas fases da vida humana. Nem todas lhe mereceram o mesmo cuidado nos acabamentos, e a rudeza do "non finito" que adoptou em diversas realizações, com superfícies parcial e propositadamente toscas, torna-se aqui por demais evidente.
Em 1534, já próximo dos setenta anos, haveria de voltar à Capela Sistina, agora a convite do Papa Paulo III, para pintar, na parede sobre o altar, o "Juízo Final". Numa visão bastante desesperada e sinistra do fim do mundo, representou a última vinda de Cristo, no dia do Juízo Final, suspenso nas nu¬vens, a abençoar os bons e a condenar os maus.
A figura atlética de Cristo aparece centralizada na zona celestial rodeado de anjos, e mais abaixo, desenrolam-se as cenas que fazem referência à ressurreição dos mortos e à transladação dos condenados para os infernos.
Miguel Ângelo era grande admirador de Dante e as referências à "Divina Comédia" tornam-se aqui por demais evidentes quer no inferno dantesco aqui representado em toda a sua magnitude, quer na barca de Caronte, quer ainda nos monstros que fazem parte do mundo inferior e carregam aos ombros demónios e condenados.
A partir de 1547 o Papa Paulo III chamou Miguel Ângelo para continuar os trabalhos de construção da Basílica de S. Pedro, em Roma, iniciados por Bramante. O Buonarroti seguiu a ideia inicial desse grande arquitecto, mas suprimiu diversos elementos acessórios, como pórticos e aberturas, que diminuíam a resistência da construção. Também elaborou o projecto da majestosa cúpula que acabou por não ver concluída ao falecer, em 1564, com 89 anos.
Alfredo Saldanha


sexta-feira, março 03, 2006

Na noite de 3 de Março de 1875, estreou-se na Opéra-Comique de Paris a ópera Carmen de Georges Bizet. A história de uma sedutora cigana, que enfeitiça os homens e acaba assassinada pelo amante, escandalizou os parisienses. A maior parte dos espectadores e da crítica considerou “Cármen” um espectáculo repugnante e obsceno. Mas nem todos, houve quem considerasse que "Bizet criou homens e mulheres reais, alucinados e atormentados pelas paixões, e a música consegue mostrar o ciúmes, a cólera e a insensatez geral". A originalidade da ópera acabou por se sobrepor aos preconceitos e valores da época.

Carmen foi baseada num romance de Prosper Mérimée,que por sua vez foi inspirado nos escritos de Georges Henry Borrow, um inglês que viveu entre os ciganos espanhóis. Após ler a história original, Bizet decidiu tranformá-la em ópera, com libreto escrito por Henri Meilhac e Ludovic Halévy.

quinta-feira, março 02, 2006



Lucien Ginzburg, conhecido como Serge Gainsbourg, poeta, cantor, actor e realizador de cinema, morreu no dia 2 de Março de 1991


quarta-feira, março 01, 2006

1996 - Virgílio Ferreira morre em Lisboa.