segunda-feira, março 06, 2006



Michelangelo Buonarroti (1475-1564) nasceu em 6 de Março de 1475.
Pintor, escultor, arquitecto e poeta, foi um dos maiores artistas de todos os tempos. A sua vida repartiu-se fundamentalmente por Florença, cidade onde nasceu e teve o apoio dos Médicis, e por Roma, cujos Papas lhe encomendaram inúmeras obras.
Iniciou a carreira de artista ainda durante o Quattrocento, em Florença, mas a primeira obra de vulto foi realizada em Roma onde, apenas com 23 anos de idade, esculpiu a famosa Pietá. Trata-se de um trabalho de admirável requinte e esmero de modelação, organizado segundo um esquema em forma de pirâmide, que representa a Virgem Maria com Cristo morto nos braços.
Seis anos mais tarde completava, em Florença, uma enorme estátua de David, com quase cinco metros de altura. O ideal humanista que faz do Homem a medida e centro de todas as coisas torna-se bem patente nesta obra-prima onde o nu clássico triunfa numa beleza ideal e serena.
De regresso a Roma, foi incumbido, em 1505, da construção de um túmulo monumental para o papa Júlio II. Para o referido mausoléu, cujo plano inicial nunca chegou a ser realizado, esculpiu o famoso "Moisés". A figura do profeta, de torso atlético e braços musculosos a evidenciar veias e os tendões, revela uma forte tensão interior expressa na "terribilitá" do olhar. Traz as tábuas
da Lei cingidas a si e aperta nervosamente as extraordinárias barbas, pronto a erguer-se para amaldiçoar a idolatria do seu povo. Para este túmulo esculpiu ainda "O Escravo", do Museu do Louvre.
Em 1508, o mesmo Papa Júlio II convidou-o a pintar o tecto da Capela Sistina. Trabalhando sem ajuda e deitado de costas em andaimes precários, pintou durante quatro anos, numa superfície aproximada de 1000 m², cenas do Génesis e do Antigo Testamento com mais de trezentas figuras. A pintura do tecto alargou-se depois à parte superior das paredes, num trabalho de grande efeito, com profetas e sibilas.
Num dos painéis principais, "A Criação do Homem", colocou Adão a flutuar no céu, animado pelo espírito de Deus através do toque suave dos dedos. Estes dois corpos nus, fortemente musculados e como que esculpidos, revelam, uma vez mais, o interesse do artista pela figura masculina. Mas a principal força destes afrescos é dada pela sua dimensão monumental, executada com uma perfeição e exactidão extraordinárias, numa perspectiva linear a três dimensões, expressa em corpos musculosos e cheios de dramatismo. Aliás, a obra pictórica de Miguel Ângelo não pode desligar-se de forma alguma da sua actividade no campo escultórico, já que as suas figuras pintadas se assemelham a esculturas tingidas e possuem a mesma força expressiva que as esculpidas no mármore.
Voltaria depois a Florença para realizar uma série de esculturas para a capela funerária dos Médicis na Igreja de S. Lourenço. Quatro delas ("Aurora", "Dia", "Crepúsculo" e "Noite"), são alegorias das diversas fases da vida humana. Nem todas lhe mereceram o mesmo cuidado nos acabamentos, e a rudeza do "non finito" que adoptou em diversas realizações, com superfícies parcial e propositadamente toscas, torna-se aqui por demais evidente.
Em 1534, já próximo dos setenta anos, haveria de voltar à Capela Sistina, agora a convite do Papa Paulo III, para pintar, na parede sobre o altar, o "Juízo Final". Numa visão bastante desesperada e sinistra do fim do mundo, representou a última vinda de Cristo, no dia do Juízo Final, suspenso nas nu¬vens, a abençoar os bons e a condenar os maus.
A figura atlética de Cristo aparece centralizada na zona celestial rodeado de anjos, e mais abaixo, desenrolam-se as cenas que fazem referência à ressurreição dos mortos e à transladação dos condenados para os infernos.
Miguel Ângelo era grande admirador de Dante e as referências à "Divina Comédia" tornam-se aqui por demais evidentes quer no inferno dantesco aqui representado em toda a sua magnitude, quer na barca de Caronte, quer ainda nos monstros que fazem parte do mundo inferior e carregam aos ombros demónios e condenados.
A partir de 1547 o Papa Paulo III chamou Miguel Ângelo para continuar os trabalhos de construção da Basílica de S. Pedro, em Roma, iniciados por Bramante. O Buonarroti seguiu a ideia inicial desse grande arquitecto, mas suprimiu diversos elementos acessórios, como pórticos e aberturas, que diminuíam a resistência da construção. Também elaborou o projecto da majestosa cúpula que acabou por não ver concluída ao falecer, em 1564, com 89 anos.
Alfredo Saldanha


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

eu quero informação sobre como e que se fez a porcaria da estatua do david de miguel angelo. fogo. que porcaria.

8:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu gosteii das infomaçoes mais falta expicar mais e diminuir o texto so as mais imporates
bjO'ssx pra todos
pra quem quizer me add no kut é
aline_dasilva_lima@yahoo.com.br
vlw...
Sii páá ñ dá outraa
porra é noixx
roni e msrcos fernando..
gatinhos da minha vidaa

3:36 da manhã  

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