Mondrian, pintor holandês estreitamente ligado ao Neoplasticismo, nasceu na Holanda a 7 de Março de 1872. Educado na religião calvinista, aderiu às doutrinas esotéricas da Teosofia e, procurou criar uma arte pura, através do emprego de elementos básicos muito simples: quadrados ou rectângulos de cores primárias - amarelo, vermelho e azul - complementados com brancos, cinzentos ou negros, delimitados por linhas verticais e horizontais, que evocam as coordenadas fundamentais da experiência humana: o plano horizontal do solo e a linha vertical da posição erecta. Segundo os conceitos teosóficos, as verticais exprimem o princípio vital e masculino, representando os acontecimentos físicos e orgânicos, enquanto as horizontais são uma expressão do princípio passivo e feminino, e representando a tensão vida-morte.
Estas duas linhas opostas acabam por representar um equilíbrio de forças, gerador de um sentido de ordem e de triunfo da razão, na medida em que contribuem para a construção de um princípio puro: a "cruz", ou seja, o encontro perpendicular da vertical com a horizontal. A estabilidade entre a forma e a cor que se procurou atingir com esta solução, desemboca no princípio da harmonia universal. Pureza, equilíbrio e unidade são as três ideias, com evidentes raízes matemáticas e musicais, que dominam toda a obra de Mondrian. O seu abstraccionismo é uma pintura "filosófica" baseada numa interpretação da imagem como acontecimento simbólico e universal.
Fugindo da Guerra que devastava a Europa, emigrou em 1940 para os Estados Unidos e fixou-se em Nova Iorque, onde foi verdadeiramente idolatrado pelos jovens artistas americanos. A partir de 1942, os seus quadros sofreram uma importante evolução: abandonou os rectângulos coloridos e o negro das linhas verticais e horizontais e substituiu-os por uma espécie de entrançado rítmico formado por pequenos segmentos coloridos que fazem lembrar um tapete. Procurou, deste modo, introduzir nas suas composições os ritmos musicais.
Alfredo SaldanhaEstas duas linhas opostas acabam por representar um equilíbrio de forças, gerador de um sentido de ordem e de triunfo da razão, na medida em que contribuem para a construção de um princípio puro: a "cruz", ou seja, o encontro perpendicular da vertical com a horizontal. A estabilidade entre a forma e a cor que se procurou atingir com esta solução, desemboca no princípio da harmonia universal. Pureza, equilíbrio e unidade são as três ideias, com evidentes raízes matemáticas e musicais, que dominam toda a obra de Mondrian. O seu abstraccionismo é uma pintura "filosófica" baseada numa interpretação da imagem como acontecimento simbólico e universal.
Fugindo da Guerra que devastava a Europa, emigrou em 1940 para os Estados Unidos e fixou-se em Nova Iorque, onde foi verdadeiramente idolatrado pelos jovens artistas americanos. A partir de 1942, os seus quadros sofreram uma importante evolução: abandonou os rectângulos coloridos e o negro das linhas verticais e horizontais e substituiu-os por uma espécie de entrançado rítmico formado por pequenos segmentos coloridos que fazem lembrar um tapete. Procurou, deste modo, introduzir nas suas composições os ritmos musicais.
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