segunda-feira, agosto 14, 2006



Completam-se hoje, 14 de Agosto, 621 anos sobre a Batalha de Aljubarrota, um dos acontecimentos mais decisivos da História de Portugal.



Com a morte de D. Fernando, Portugal entrou numa crise política, que envolveu vários grupos sociais e que resultou na tomada de poder de uma nova família real. D. Fernando tinha uma única filha, D. Beatriz, que aos 12 anos casara com o rei de Castela, pondo fim a uma série de guerras em D. Fernando se tinha envolvido, e que tinham agravado os problemas do país e provocando o descontentamento popular. Com a morte do rei deveria ter subido ao trono D. Beatriz, mas o povo recusou-se a aceitar uma rainha casada com um rei estrangeiro, que poderia por em causa a independência de Portugal.
O descontentamento com a regência de Leonor Teles levou a que fosse planeada a morte do Conde Andeiro, que detinha grande influência sobre a viúva.
D. João, o Mestre de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro I, e sobrinho de D. Fernando, ficou encarregue de cometer o assassinato. Tudo correu como planeado e o povo de Lisboa pediu a D. João que aceitasse ser o "Regedor e Defensor do Reino", passando este a dirigir a luta contra D. Beatriz e o rei de Castela.
D. João de Castela, aproveitando-se da situação, avançou com os seus exércitos sobre Santarém, retirou a regência a D. Leonor Teles, intitulou-se "Rei de Portugal", e dirigiu-se a Lisboa, cercando a cidade. Muitos burgueses, até aí sem hesitantes, aderiram à causa do Mestre de Avis, ao contrário do clero e da nobreza. Entretanto os castelhanos invadiram novamente Portugal. A 14 de Agosto de 1385 deu-se a batalha de Aljubarrota, decisiva no processo da independência de Portugal. Usando a táctica do quadrado, inspirado em Alexandre Magno, Rei da Macedónia, e aproveitando o facto de os inimigos estarem de frente para o sol, as tropas portuguesas, dirigidas por Nuno Alvares Pereira, os portugueses saíram vitoriosas e puseram o exército inimigo em fuga.





D. João I, garantiu o direito à existência da segunda dinastia portuguesa, e possibilitou a preparação daquela que seria a época dos Descobrimentos. O Mestre de Avis, também chamado de O Bom ou O Grande, décimo rei de Portugal morreu em Lisboa a 14 de Agosto de 1433, exactamente 48 anos após a batalha de Aljubarrota.





A 14 de Agosto de 1956 morreu o dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Acérrimo crítico da sociedade burguesa da época, encontrou em Kurt Weill um grande colaborador. Aderiu ao marxismo e ao teatro político; em 1933 abandonou a Alemanha nazi, e exilou-se nos Estados Unidos da América.
Além de dramaturgo Brecht foi um importante teórico teatral.