José Maria Eça de Queirós, considerado um dos maiores romancistas portugueses, nasceu em 25 de Novembro de 1845 na cidade de Póvoa de Varzim. Notabilizou-se pela originalidade e riqueza do seu estilo e linguagem, nomeadamente pelo realismo descritivo e pela crítica social constantes nos seus romances.
Fez os primeiros estudos na cidade do Porto e aos 16 matriculou-se na Faculdade de Direito, em Coimbra. Durande o período da formação universitária, sofreu a influência da tendência romântica que vinha dos inícios do séc. XIX e as novas ideias de raiz positivista, tendo ambas contribuído para a sua formação intelectual.
Ainda durante a permanência em Coimbra conheceu e tornou-se amigo de Antero de Quental, Teófilo Braga e dos demais integrantes da chamada "geração de 70", que revolucionou a literatura portuguesa. Após a formatura, fundou o jornal "O Distrito de Évora", com o qual fez oposição política ao governo e colaborou na "Gazeta de Portugal". Os textos desta época, que foram publicados posteriormente com o título "Prosas Bárbaras", reflectem ainda uma
acentuada influência romântica.
Em 1869 fez uma viagem ao Egipto e Palestina tendo, na ocasião, assistido à inauguração do canal de Suez. As impressões dessa viagem forneceram-lhe o ambiente para o romance satírico "A Relíquia".
Alguns anos mais tarde escreveu, de parceria com Ramalho Ortigão, "O Mistério da Estrada de Sintra" e "As Farpas", uma publicação de crítica política e social. A fase realista de Eça inicia-se por volta de 1874 com a publicação de "O Primo Basílio" e "O crime do Padre Amaro", continuada por outras obras como "Os Maias" onde, para além da valorização do concreto e do pormenor, e da análise objectiva da vida quotidiana, faz uma análise crítica da sociedade portuguesa.
A partir de 1888 sente-se uma mudança no estilo do escritor em obras como "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", onde é manifesto um certo desencanto face ao mundo moderno e um vago desejo de retorno às origens, à simplicidade da vida rural.
A par do seu percurso como escritor e romancista devem destacar-se as missões que lhe foram confiadas nas várias representações diplomáticas que exerceu em Cuba, Ingaterra e França.
Morreu em Paris, com 55 anos, no derradeiro ano do séc. XIX. Os seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas.
Fez os primeiros estudos na cidade do Porto e aos 16 matriculou-se na Faculdade de Direito, em Coimbra. Durande o período da formação universitária, sofreu a influência da tendência romântica que vinha dos inícios do séc. XIX e as novas ideias de raiz positivista, tendo ambas contribuído para a sua formação intelectual.
Ainda durante a permanência em Coimbra conheceu e tornou-se amigo de Antero de Quental, Teófilo Braga e dos demais integrantes da chamada "geração de 70", que revolucionou a literatura portuguesa. Após a formatura, fundou o jornal "O Distrito de Évora", com o qual fez oposição política ao governo e colaborou na "Gazeta de Portugal". Os textos desta época, que foram publicados posteriormente com o título "Prosas Bárbaras", reflectem ainda uma
acentuada influência romântica.
Em 1869 fez uma viagem ao Egipto e Palestina tendo, na ocasião, assistido à inauguração do canal de Suez. As impressões dessa viagem forneceram-lhe o ambiente para o romance satírico "A Relíquia".
Alguns anos mais tarde escreveu, de parceria com Ramalho Ortigão, "O Mistério da Estrada de Sintra" e "As Farpas", uma publicação de crítica política e social. A fase realista de Eça inicia-se por volta de 1874 com a publicação de "O Primo Basílio" e "O crime do Padre Amaro", continuada por outras obras como "Os Maias" onde, para além da valorização do concreto e do pormenor, e da análise objectiva da vida quotidiana, faz uma análise crítica da sociedade portuguesa.
A partir de 1888 sente-se uma mudança no estilo do escritor em obras como "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", onde é manifesto um certo desencanto face ao mundo moderno e um vago desejo de retorno às origens, à simplicidade da vida rural.
A par do seu percurso como escritor e romancista devem destacar-se as missões que lhe foram confiadas nas várias representações diplomáticas que exerceu em Cuba, Ingaterra e França.
Morreu em Paris, com 55 anos, no derradeiro ano do séc. XIX. Os seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas.
Alfredo Saldanha
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