quarta-feira, novembro 30, 2005



Fernando Pessoa morreu em Lisboa em 30 de novembro de 1935.
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Andrea Palladio foi um dos mais importantes arquitectos do Maneirismo italiano, um movimento artístico de transição do Renascimento para o Barroco. Estudioso erudito da arquitetura romana procurou recuperar o esplendor da antiguidade, mas foi também influenciado por os seus precedentes imediatos como Bramante, Rafael e Miguel Ângelo. Filho de Piero da Gôndola, nasceu em Pádua em 30 de Novembro de 1508 e teve um início humilde, inscrito na "Associação dos pedreiros, corta-pedra e escultores" de Vicenza. Foi então colocado sob a proteção de Trissino, poeta, filósofo, matemático e arquitecto que o incentivou a estudar matemática, música e literatura latina e lhe deu o pseudónimo de "Palladio" numa alusão a Pallade, deusa da sabedoria. Entre 1545 e 1547 estudou em Roma as ruínas antigas. Regressado a Vicenza ganhou o concurso para a restruturação do palácio da Razão e esteve, a partir daí, ocupado na construção de palácios, villas e igrejas. Projectou diversos palácios e casas de campo em Veneza e Vicenza. A estrutura dos seus edifícios torna-se mais complicada, com o uso de pilares como suporte das janelas e motivos decorativos antigos a ornamentar as fachadas. No interior, arcos e portas sucessivos criam efeitos cénicos. Apesar de utilizar um traçado complexo, com vários corpos salientes em torno de um central, recorreu aos elementos clássicos romanos e conseguiu obras de grande simetria e regularidade geométrica, como Villa Malcontente e Villa Rotonda. Em 1554 publicou "As antiguidades romanas" e "Descrições das igrejas de Roma" e, alguns anos mais tarde, os "Quatro livros de arquitectura". Estas obras teóricas fizeram reviver os seus conceitos arquitectónicos na Inglaterra dos séc. XVII e XVIII, e contribuíram para o aparecimento de um movimento pré-neoclássico que ficou conhecido por Neopaladianismo.
Alfredo Saldanha