quarta-feira, junho 28, 2006



Petrus Paulus Rubens (1577-1640), o maior pintor flamengo do século XVII, nasceu em 28 de Junho de 1577 em Siegen, Alemanha. Depois da morte do pai mudou-se para Antuérpia, onde aprendeu a pintar com vários mestres flamengos. Em 1600 foi para Itália a fim de estudar os velhos mestres e ingressou ao serviço de Vincenzo Gonzaga, duque de Mântua, para quem trabalhou como pintor da corte e a quem representou em missões diplomáticas em Madrid, Roma e várias cidades italianas.
Regressado a Antuérpia, abriu uma oficina que chegou a ter 200 pintores, cada um deles especializado num determinado assunto, como era costume na época: naturezas-mortas, retrato, paisagens, etc. Quanto a ele, especializara-se no retrato feminino e na representação de corpos humanos, exuberantes de músculos e carnes rosadas, em composições mitológicas e religiosas cheias de sensualidade e dinamismo que se tornaram símbolos da exuberância pictórica barroca.
Olhar para alguns dos seus quadros é como ir ao teatro, com o palco pleno de acção. È o que acontece, por exemplo, no "Rapto das Filhas de Lêucipo" (na imagem) com Castor e Pólux empenhados no sequestro das duas loiras irmãs, sob o olhar malicioso de dois "putti".



Entre 1620 e 1630 realizou, desta vez para os arquiduques da Áustria, diversas missões diplomáticas nos Países Baixos, França, Espanha e Inglaterra, que o não impediram de prosseguir com o trabalho artístico. É desse período a série "Vida de Maria de Medicis", conjunto de telas monumentais realizadas para o palácio de Luxemburgo de Paris e mais tarde transferidas para o Museu do Louvre. Viúvo desde 1626, Rubens casou-se quatro anos depois com Hélène Fourment,jovem de 16 anos que lhe daria vários filhos e que seria seu modelo predilecto. Os numerosos retratos que dela executou revelam uma grande sensibilidade e especial penetração psicológica.
As composições da última fase da sua vida, como "Ninfas e Sátiros", "As Três Graças" (na imagem), "O Jardim do Amor" ou "Quermesse" são talvez as mais conhecidas e as que melhor definem o dinamismo e a riqueza cromática do seu estilo, revelando, ao mesmo tempo, a serena melancolia do pintor na sua velhice.


Rubens morreu em Antuérpia em 30 de Maio de 1640.

Alfredo Saldanha