quarta-feira, abril 26, 2006





Eugène Delacroix (1798-1863), o maior pintor francês do Romantismo, nasceu em Charenton, no dia 26 de abril de 1798, e morreu em Paris no ano de 1863.
Destacou-se pelo uso notável da cor tendo influenciado os pintores impressionistas e também modernistas como Pablo Picasso.
Em 1816, aos 16 anos e órfão de pai, entrou para a Escola de Belas Artes e, oito anos mais tarde, tornava-se célebre com "Les Massacres de Scio". O tema desta obra, relacionada com a guerra da independência dos Gregos contra os Turcos, reflecte os ideais românticos do seu autor dando ênfase ao dramatismo da cena.
O Romantismo foi um movimento anti-racionalista que reagiu contra a disciplina intelectual e contra tudo aquilo que prende o génio pessoal, como sejam regras ou normas, representando, assim, a primeira ruptura na tradição classicista. Para além desta perspectiva de contestação, a mentalidade romântica assumiu a defesa da liberdade, da individualidade e do poder criador de cada um, valorizando, ao mesmo tempo, o mundo dos sentimentos e das emoções.
A sua obra mais conhecida, "La Liberté Guidant le Peuple", comunga desse espírito. Trata-se de uma pintura relacionada com a insurreição parisiense do 28 de Julho de 1830, que constitui uma alegoria à liberdade, valor romântico por excelência, protagonizada pela figura feminina que transporta a bandeira tricolor. O homem da esquerda representa o apoio que o povo deu àquele movimento revolucionário, enquanto o burguês de chapéu alto simboliza a classe mais favorecida por esta mudança política.
O fascínio pelo mundo oriental e por ambientes estranhos, fantásticos e exóticos típicos do Romantismo encontra-se em alguns trabalhos que realizou no Norte de África, nomeadamente em "Femmes d'Alger", uma cena de intimidade que retrata o ambiente exótico do mundo muçulmano.


Alfredo Saldanha