quarta-feira, janeiro 18, 2006




D. Pedro I nasceu em Coimbra a 8 de Abril de 1320 e morreu em Lisboa a 18 de Janeiro de 1367. Foi o oitavo Rei de Portugal, neto de D. Dinis, o lavrador, filho de D. Afonso IV e da princesa Beatriz de Castela. D. Pedro I sucedeu ao pai em 1367.
Conhecido como Pedro, o Justiceiro, o Cru e o Cruel e ainda como O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, devido à relação que teve com Inês de Castro, a aia galega de D. Constança, sua mulher.
D. Afonso IV temendo que a família de Inês de Castro influenciasse o herdeiro da coroa, invocando razões de estado e seguindo o que lhe ditaram os conselheiros, mandou matar Inês, o que provocou a rebelião do infante.
O rei exigiu que D. Pedro não perseguisse os assassinos de Inês de Castro e começou a partilhar com o filho a direcção do Reino de Portugal.
Quando Afonso IV morreu, Pedro perseguiu os assassinos exilados em Castela. Pero Coelho e Álvaro Gonçalves foram entregues à justiça portuguesa. Diogo Lopes Pacheco fugiu para França.
Os dois foram brutalmente executados. A um foi-lhe arrancado o coração pelo peito, e a outro foi-lhe arrancado o coração pelas costas. Pedro ordenou a construção de dois túmulos nas naves laterais do Mosteiro de Alcobaça, onde os amantes repousam lado a lado; este viriam a ser os grandes expoentes da arte tumular medieval portuguesa. Os baixos relevos do túmulo de D. Inês representam cenas da vida de Jesus, da Ressurreição e do Juízo Final. Sobre a tampa está esculpida a sua imagem de corpo inteiro, com uma coroa de Rainha. As esculturas do túmulo de D. Pedro representam cenas da vida dos dois apaixonados desde a chegada de Inês a Portugal. Em 1361 D. Pedro mandou trasladar os restos mortais de D. Inês, do Mosteiro de Santa Clara em Coimbra para o Mosteiro de Alcobaça. Os restos mortais seguiram em cortejo fúnebre acompanhado por nobres, clérigos, burgueses e plebeus. Conta a lenda que D. Pedro forçou os nobres a prestar vassalagem a D. Inês, obrigando-os ao beija mão real sob pena de morte. Como rei, Pedro evitou guerras, aumentou o tesouro do país e exerceu uma justiça exemplar, sem discriminações, julgando de igual modo nobres e plebeus. A D. Pedro I sucedeu o filho D. Fernando e a este o irmão bastardo D. João, Mestre de Avis, filho de Pedro e Teresa Lourenço.